Remédios entregues ao governo do Rio sem contrato

A Secretaria estadual de Saúde (SES) recebeu medicamentos da empresa Lahmanno Rio antes de haver qualquer tipo de contrato específico ou empenho (garantia de pagamento pelo estado), segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo neste domingo. Durante o primeiro mês deste ano, desde o primeiro dia de gestão do atual governo, cerca R$ 6,7 milhões em produtos foram entregues pela firma.
Documentos obtidos pelo Globo mostram que a Lahmanno também não recebeu por tudo o que forneceu. Outras empresas apresentaram posteriormente notas fiscais - com o mesmo número de lote, quantidade e valor dos produtos já entregues - para receber pelo fornecimento feito pela firma.
A primeira nota da Lahmanno Rio tem o valor de R$ 82.488,40, o que corresponde à entrega de 49,7 mil unidades de material hospitalar e medicamento. No dia seguinte, foram entregues mais R$ 270 mil. Nesse mesmo dia, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, levou o governador Sérgio Cabral (PMDB) para visitar o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e anunciou que estava recebendo quatro toneladas de medicamentos do Ministério da Saúde. O órgão informou ao GLOBO, na semana passada, que não forneceu remédios ao governo do estado.
Diferentemente do procedimento normal, as notas fiscais da Lahmanno não informam a que processo administrativo ou contrato estão vinculadas. Não dizem também qual empenho garante o pagamento. Só informam o nome do destinatário (Secretaria estadual de Saúde) e o endereço de entrega (a Coordenadoria Geral de Armazenagem do órgão).
Somente na primeira semana do ano, a empresa entregou cerca de R$ 2,8 milhões em 293 itens diferentes. Num único dia, 5 de janeiro, R$ 1,4 milhão em medicamentos e materiais foram levados para o depósito. Só de luvas de látex para procedimento (tamanho M, não-estéril), foram entregues 1,65 milhão de pares a R$ 0,09 a unidade (custo de R$ 148,5 mil). FONTE: O GLOBO

BuscaP, lder em comparao de preos na Amrica Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se a vontade para comentar